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2012 - Livro Vermelho 2013

Panphalea smithii Cabrera EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 21-03-2012

Criterio: B2ab(i,ii,iii)

Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie com distribuição restrita (AOO=20 km²) e sujeita a cinco situações de ameaça distintas. Alguns indivíduos tem ocorrência em áreas preservadas, principalmente montanhas, porém outros encontram-se em regiões com raras ilhas de vegetação, sob pressão da agricultura e pastagem, ocasionando declínio contínuo de AOO, EOO e qualidade do habitat.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Pamphalea smithii Cabrera;

Família: Asteraceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

Ocorre em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul (Cabrera; Klein, 1973; Iganci et al., 2011).

Ecologia

Erva rizomatosa, perene, frequente em campos alagados localizados acima de 1000 m; fértil de novembro a fevereiro e polinizada por insetos (Cabrera; Klein, 1973).

Ameaças

1.1 Agriculture
Detalhes Atualmente a vegetação predominante no Estado de Santa Catarina (FOD) está descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a processos de degradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura, ocupação desordenada e extração de carvão mineral, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanetti et al,. 2009).

1.4.8 Power line
Incidência local
Severidade high
Detalhes As obras de infra-estrutura de telecomunicações ameaçam constantemente os ecossistemas em regiões montanhosas. Os problemas normalmente são agravados pelo fato de os executores das obras terem pouca ou nenhuma orientação quanto a técnicas de minimização de impactos. A Instalação de uma antena de transmissão de ondas de rádio no Pico Caratuva, na Serra do Ibitiraquire, teve consequências desastrosas para os campos de altitude. Além da supressão da vegetação para a instalação dos equipamentos, foram abertas diversas clareiras desnecessárias. O transporte do material, feito inadequadamente por terra, gerou grandes impactos ao longo da trilha de acesso ao cume. Na mesma serra, em outra montanha, décadas após a construção de uma estrutura de telecomunicação, as conseqüências da falta de compromisso com a conservação do local ainda estão presentes. No local permanece grande quantidade de resíduos, como latões, vigas de aço e chapas metálicas, que foram literalmente descartadas em meio à vegetação (Scheer; Mocochinsky, 2009).

10.1 Recreation/tourism
Severidade low
Detalhes A conduta inadequada de pessoas em atividades recreativas vem causando impactos significativos aos campos de altitude. Os mais comuns são o estabelecimento descontrolado de áreas de acampamento, abertura de trilhas e atalhos, uso inadequado do fogo e coleta de espécies vegetais para uso ornamental. Os impactos resultantes podem ser agravados com o estabelecimento de espécies exóticas invasoras nas áreas impactadas, que tendem a se propagar com maior vigor que a vegetação nativa em regeneração (Scheer; Mocochinsky, 2009).

1.5 Invasive alien species (directly impacting habitat)
Severidade very high
Detalhes A contaminação biológica por Pinus sp. na Serra do Ibitiraquire, que há poucos anos atingia apenas montanhas de menores altitudes, já é verificada em trechos mais elevados e em setores mais distantes das áreas antropizadas. Também foram encontradas outras espécies exóticas invasoras, como Lilium regale, Cortaderia selloana e Plantago australis, geralmente associadas a acampamentos (Scheer; Mocochinsky, 2009).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Presente na Lista de espécies da flora ameaçada de extinção do Rio Grande do Sul na categoria "Vulnerável" (VU) (CONSEMA-RS, 2002).

Referências

- CITADINI-ZANETTE, V.; DELFINO, R.F.; BRUM- FIGUEIRÓ, A.C.; SANTOS, R.D. Rubiaceae na Recuperação Ambiental no Sul de Santa Catarina. Revista de estudos ambientais, v. 11, n. 1, p. 71-82, 2009.

- CABRERA, A.L.; KLEIN, R.M. Compostas - Tribo Mutisieae. 1973. 124 p.

- SCHEER, M.B.; MOCOCHINSKI, A.Y. Florística vascular da Floresta Ombrófila Densa Altomontana de quatro serras no Paraná. Biota Neotrop., v. 9, n. 2, p. 51-70, 2009.

- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.

Como citar

CNCFlora. Panphalea smithii in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Panphalea smithii>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 21/03/2012 - 16:56:27